O Agulha
O intuito desse blog nada mais é do que simplesmente trazer a público alguns pontos de vista do seu dono acerca de alguns momentos por ele presenciados em seu cotidiano. Idéias sobre, por exemplo, esportes, questões sociais, internet, comportamento, história, sentimentos e futuro.
domingo, 20 de maio de 2012
quarta-feira, 7 de março de 2012
Hierarquia entre profissões? Absurdo!
Desde 2005 (tinha 17 anos) eu defendo que todas as profissões deveriam receber o mesmo salário. Sim, vai parecer um pensamento extremamente radical. Mas levem-se a imaginar a vida contemporânea sem cada uma das profissões, das funções exercidas.
Fazer uma listinha aqui e simular a falta que faz:
- Farmacêutico: não precisamos nem falar muita coisa.Em síntese, este profissional atua no desenvolvimento, produção, manipulação, seleção e dispensação de medicamentos. São imprescindíveis para a recuperação de inúmeras doenças. Sem eles, muitas pessoas teriam dificuldade de cuidar da sua saúde e teríamos uma menor expectativa de vida.
- Metalúrgico/ferreiro: imagine a vida sem peças de metal...
- Deputado federal: vejo como uma das figuras mais importantes do poder legislativo. Se todos fossem justos e honestos, a situação do país estaria boa e poderia ficar ainda melhor. Compete a eles(as) propor, emendar, alterar, revogar ou derrogar leis, definindo a situação infra-estrutural, social, trabalhista, enfim, todos os âmbitos da condição do Brasil. Sem ele, a legislação permaneceria engessada, e posteriormente obsoleta. Não seriam criados alguns programas, e reconhecidos diversos direitos que estão surgindo nos últimos anos.
- Mecânico automotivo: imagine se cada um de nós tivéssemos que consertar nosso próprio veículo...
- Técnico em radiologia: imagine se não pudéssemos obter imagem radiográfica...
- Advogado: imagine a vida sem alguém para exercer o jus postulandi, para representar os interesses de pessoas físicas ou jurídicas perante a justiça.
- Atleta profissional: a medicina talvez não conhecesse tão bem o corpo humano não fossem os testes feitos com essas pessoas, os estudos para saber como o corpo funciona diante das diferentes situações de submissão ao estresse físico; recuperação crônica e aguda; cirurgias; melhoramentos de nutrição, suplementação e desempenho; e desenvolvimento tecnológico dos equipamentos utilizados.
- Músico: vida sem música?? Isso não é vida.
- Agricultor: responsável pela maior parte da nossa alimentação desde que o homem deixou de ser nômade. Conseguiria imaginar se cada um tivesse que cultivar vegetais em seu quintal? E quem não tem quintal?
- Agente penitenciário: os presidiários não iriam ficar na penitenciária sozinhos, não é.
Enfim, toda profissão que for citada tem seu valor. A vida sem elas ficaria cheia de transtornos, em virtude da interdependência que se construiu ao longo da história. Uma vez que uma categoria se coloca em estado de greve, todas as outras irão sentir a sua ausência, mais cedo ou mais tarde. Não há uma hierarquia de profissões.
Essa é a forma que eu vejo. O que acontece é o enaltecimento absurdo de algumas pessoas ou algumas categorias em detrimento das outras.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Até os 60
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Atividade de um curso
Aqui está.
Idiotas aqueles que bancam o valentão.
domingo, 7 de agosto de 2011
Texto para reativar o blog, a pedidos..
Ai vai um texo que não é meu.
Eu não lembro em que link eu clickei para chegar a uma página de blog inteligente, com título de "OpenSante".
Mas eu acessei essa página e não li o texto. Fechei abas, abri abas no navegador e deixei esta aba ainda aberta, mas sem lê-la.
No momento que me preparava para desligar o computador, fui fechando os programas, as abas e etc., e me deparei com a aba aberta. Decidi ler, com uma esperança de última lição do dia, antes de dormir.
Tratava-se de uma pequena história de moral com ensinamentos budistas.Abaixo você terá a oportunidade de ler o texto. E ao final, poderá encontrar o link do blog de onde ele foi extraído.
"A lição budista
Um monge muito sábio estava visitando um vilarejo com seus discípulos. Na praça principal ele teve a oportunidade de falar publicamente. Todos ouviam o sábio atentamente até que um homem começou a agredi-lo verbalmente, atingindo sua honra pessoal, xingando-o com palavras desagradáveis e duras. O sábio nada disse e os discípulos ficaram inquietos.
O ofensor continuou, desta vez com mais veemência, ofendendo não só a honra do monge, mas a de todos os seus discípulos também. Por isso mesmo, uma resposta parecia mais necessária. Mas o monge não disse nada.
Numa estocada final, o homem ofendeu todos os antepassados do sábio, a coisa mais desonrosa e agressiva que alguém pode proferir. Mas o monge não respondeu absolutamente nada. Apenas caminhou para longe, seguido por seus discípulos intrigados.
Já afastados da praça, os discípulos resolveram indagá-lo.
- Mestre, nós acompanhamos toda a injustiça que o senhor sofreu e não entendemos por que o senhor, tão sábio não respondeu nada ao seu ofensor.
- Isso mesmo, mestre - disse outro discípulo - ele ofendeu todos os seus antepassados e o senhor nada respondeu! Por que, mestre? Será que podemos ao menos tirar um ensinamento desse momento tão ruim?
E o mestre respondeu:
- Se eu oferecer a você um presente ruim, um rato morto e infestado de peste, você o aceita?
- Claro que não, mestre! - responderam todos em uníssono
- Então, se um homem me oferece o mal, seja materialmente ou com palavras e eu não o aceito, quem vai embora com ele?
E assim, o mestre e seus discípulos seguiram seu caminho."
Rosana Hermann
link do blog: http://opensanti.blogspot.com/2011/08/licao-budista.html
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
A minha curiosidade
Antes de nascer, me lembro que eu não tinha nenhuma curiosidade pela vida. Tinha medo do que era novo...
Mas quando me nasceram e eu abri os olhos e vi um cara de sobrancelhas pretas com duas rodelas de vidro suspensas por um arame na frente dos olhos, com um chapéu branco engraçado, a boca amordaçada por uma máscara branca e usando luvas de plástico a me segurar e pedindo uma espécie de tesoura a uma gordinha ao seu lado, eu descobri o quanto o meu eu lírico é curioso.
No início não entendia nada do que via. Já hoje tudo é bem diferente. Tem algumas coisinhas que eu entendo, por exemplo:
Quando eu era pequeno, ficava me perguntando para quê servia o tempo. As pessoas não conseguiam me dar uma explicação. Às vezes as coisas são mais simples do que parecem. Hoje eu entendo que o tempo só serve mesmo para deixar as pessoas mais apressadas e para impedir que as coisas fiquem infinitas.
Bem, voltando ao assunto, ninguém nasce curioso. A gente só fica curioso à medida que vai conhecendo o mundo à nossa volta. Quanto mais se sabe, mais se quer saber.
Mas existem tipos diferentes de curiosidades. Há pessoas que se interessam por saber a história das coisas/pessoas, “Oque faz ela ser aquilo que é?”, “Quais os meios que a levaram até ali?”. É a curiosidade pelos meios.
Há pessoas que se interessam pela origem. “Como surgiu o Universo?”, “De onde vem a chuva?”, “Como foi que essa espinha veio parar na ponta do meu nariz?”. É a curiosidade da origem.
Há também os ambientalistas e os acompanhadores de novela, que querem saber como tudo vai terminar. É a curiosidade pelo fim.
Mas também existem outros tipos bem comuns: curiosidade pelo funcionamento (“Que mecanismos..?”, “De que forma...?”, “Como?”), curiosidade dos motivos (“Por quê?”), curiosidade das finalidades (“Pra quê?”), etc...
Por falar em curiosidade, o que te levou a ler esse texto? Como você aguentou lê-lo até o final? Por acaso, lhe foi útil de alguma forma? Hein!?
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Sem saber "Em que esquina ela irá me beijar?"
Portanto defendo que devemos estar sempre de bem com as pessoas, principalmente as que amamos. O ideal seria que cada desentendimento fosse resolvido de imediato, pois mágoas guardadas algumas vezes podem abrir espaço para remoermos sentimentos ruins em momentos de reflexão. Cultivarmos relações saudáveis para não haver possibilidade de lamentarmos eternamente assuntos mal resolvidos com alguém que se foi.
Trata-se de um assunto delicado. Pode assustar um pouco ler sobre isso, mas a verdade é que é muito chato estarmos de mal com alguém cuja amizade é preciosa.
Raul Seixas foi um dos que falou sobre a morte e seu poder de deixar assuntos inacabados na canção "Canto Para Minha Morte", cuja letra é a seguinte:
“Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar
Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida
Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas... Um acidente de carro.
O coração que se recusa abater no próximo minuto,
A anestesia mal aplicada,
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...
Oh morte, tu que és tão forte,
Que matas o gato, o rato e o homem.
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem,
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite...
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo,
mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida.”
Este texto foi escrito por mim em 22 de janeiro de 2009, de noite sozinho em casa, sozinho no meu quarto.